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Novo Civic está chegando |
Dia 25 de agosto, daqui a menos de 1 mês a Honda irá lançar oficialmente no Brasil a décima geração do Civic. A nona geração, praticamente uma releitura da oitava (e bem sucedida), não empolgou tanto, apesar de ter sido um grande sucesso de vendas. Mas como "onde a Toyota vai a Honda vai atrás" e vice-versa, já era hora de lançar um carro totalmente novo. A julgar pelas fotos e pela ficha técnica, o Corolla vai ter bastante trabalho. Quem ganha com esta saudável
concorrência? O consumidor, que provavelmente terá um Corolla épico em sua próxima geração.
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Versão de entrada: sem tela de LCD, mas com um detalhe empolgante: câmbio manual de 6 marchas e motor 2,0 litros |
A exemplo de City, Fit e HR-V, o novo Civic terá câmbio CVT (com conversor de torque) com 7 marchas simuladas, que permitem operação sequencial. Esta transmissão virá nas duas opções de motorização, a conhecida 2,0 litros flex e a totalmente nova 1,5 litro turbo, por enquanto só a gasolina. Apenas a 2,0 litros terá opção de câmbio manual (de 6 marchas), e só na versão "Sport", a de entrada. Curioso notar que o motor das versões mais caras na geração anterior agora é o de entrada. Não há mais o 1,8 litro. Só no HR-V
No 2,0 litros nada muda. Continuam os ótimos 150 cv e 19,3 m.kgf (gasolina). A grande novidade, o 1,5 litro turbo, vem com nada menos que 173 cv e 22,4 m.kgf entre 1.700 e 5.500 rpm. Ou seja, potência disponível de sobra em qualquer faixa de rotação. Assim como o câmbio manual fica restrito à versão de entrada, o motor turbo será oferecido apenas na topo de linha, chamada de "Touring". Nada impede de a Honda estender o 1,5 a versões intermediárias, como a Citroen fez com o C5 Lounge THP, 1,6 litro turbo.
Com frente agressiva e moderna, como no irmão maior, Honda Accord, o Civic adota uma carroceria que se distância ainda mais do tradicional formato "Sedan" de 3 volumes. As duas gerações anteriores já começaram o movimento neste sentido. A caída suave do teto remete a carros como Audi A5 Sportback, BMW Série 4 Gran Coupé e aos antigos Passat nacionais.
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Queda suave do teto, lembrando um grande hatch, como Audi A5 Sportback |
A grande diferença dos importados é que o vidro traseiro do Honda não abre como em um hatch. No antigo VW, havia a opção de abrir ou não, dependendo da configuração escolhida pelo cliente. Como curiosidade, o Fusion, vendido na Europa como Mondeo, possui configuração 5 portas, que foi vendida por aqui na década de 1990. Muito popular no velho continente, o Vectra de segunda geração também teve este tipo de carroceria. Na primeira geração do Citroen C5, apesar de possuir 3 volumes bem definidos, o vidro traseiro se abria com a tampa do porta-malas, como no Chery Celer Sedan.
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Grande conta-giros em destaque: para emocionar os que gostam de dirigir |
Maior no comprimento (11,2 cm a mais), largura (4,3 cm a mais) e entre-eixos (3,2 cm a mais), o novo Civic está um pouco mais baixo (1,7 cm a menos). Ou seja, mais baixo e mais largo, algo interessante em matéria de comportamento dinâmico. No peso, redução de 1.306 para 1.275 comparando a antiga versão EXR com a Sport, com câmbio manual. Comparando a mesma antiga com a Touring, o incremento foi de apenas 20 kg. O interior adota linhas mais tradicionais, abandonando o painel de instrumentos de 2 andares. Para quem gosta de dirigir, o grande conta-giros no centro do painel é uma excelente surpresa.
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Interior da versão topo de linha, com tela LCD e detalhes de acabamento exclusivos. Freio de estacionamento elétrico, operado por botão, é de série para toda alinha, bem como "modo Eco" (botão verde à direita da alavanca de câmbio) |
Os preços estão na média atual do segmento, bem semelhantes aos do recém chegado Cruze:
• Sport manual: R$ 87.900.
• Sport CVT: R$ 94.900
• EX: R$ 98.400
• EXL: R$ 105.900
• Touring: R$ 124.900
A julgar pelas novidades, o Civic tem tudo para repetir o sucesso de sempre e superar o Corolla atual, pelo menos até a chegada de sua nova geração. O preço pode ser um impeditivo, mesmo estando dentro de um contexto onde
tudo está caro. Para ser sincero, se fosse para escolher, eu ficaria com a versão de entrada com câmbio manual. Principalmente depois de ler sobre o peso e as proporções do carro. Claro, falo isso sem ainda dirigi-lo. Só um futuro teste drive poderá confirmar, ou não, minha preferência. Aliás seria interessante um embate entre ele e o Jetta 1,4 litro turbo com câmbio manual.
Do ponto A ao ponto B, pensando na vida, no volante e tudo mais.
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