Test Drive Novo Ford Focus 2.0 Ghia Aut.

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Às vésperas de ganhar um versão flex, temos várias perguntas sobre o Focus lançado em 2008. Primeira: vale a pena comprar um modelo só a gasolina, mesmo que por um preço convidativo? Segunda: um modelo mais pesado que seu antecessor, 2 cv menos potente e, neste caso, com câmbio automático/sequencial de apenas 4 marchas, terá um desempenho coerente com seu preço e proposta?

Bem, para a primeira pergunta a resposta é sim. Se o desconto for realmente expressivo, a maior desvalorização que o modelo terá já será amortizada. Além disso, quem comprar está levando para casa um modelo completo, de construção sofisticada e alinhado com o velho mundo. Preço da gasolina x álcool? O preço do álcool tem subido substancialmente, e, sinceramente, eu pelo menos, prefiro a grande autonomia de um bom motor a gasolina, ao consumo desenfreado de um motor "gambiarra de fábrica" flex. O dia que inventarem a taxa de compressão variável, eu me rendo ao flex. Até lá, vou continuar achando que terra é para plantar alimentos, não combustível. Em tempo. Este motor é o mais "verde" à venda no Brasil. Quem ainda acha que o CO2 é o responsável pelo suposto aquecimento global, também ficará feliz.

Isso é o Focus. Um carro que deixa todo mundo feliz. Da suspensão ao motor, passando pelo acabamento, realmente é um "carro para quem gosta de carro". Isso responde a segunda pergunta. Mesmo com as características descritas no primeiro parágrafo, o desempenho convence. A distribuição de torque é excelente. Como no anterior, de 147 cv, desde as baixas rotações o carro já responde. Se analisarmos a curva de torque, veremos que a 1.500 rpm, ele tem o mesmo torque que um motor 1.6 16v PSA tem por volta de 4.500.

Sabe o que isso significa (principalmente num câmbio automático de 4 marchas longas)? Elasticidade, conforto, desempenho honesto e baixo consumo. Mesmo pesando mais o antecessor (cerca de 100 kg), o consumo manteve-se praticamente inalterado. E conforto é o que o consumidor do Ghia procura. Se quer mais desempenho, utilize o excelente modo sequencial. Ele não irá responder como um câmbio manual. Mas é bem próximo. E o melhor, sem trancos como os automatizados que estão chegando ao mercado. Além disso, o motorista é quem manda no câmbio. O modo manual é manual mesmo. Não troca de marcha no limite nem reduz sem que mandemos. Assim, podemos utilizar a marcha mais alta possível e obter a máxima economia, ou manter o motor cheio em situações de emergência ou ultrapassagens. O acionamento é igual ao de modelos da BMW e do Omega: toque para trás aumenta, para frente reduz (movimento natural do corpo nestas situações).

É difícil falar em custoxbenefício nesta faixa de preço. Mas por um preço mais em conta que Corola, Civic e "Vectra", você tem um carro com ar digital, computador de bordo, som sofisticado com controles no volante e acionamento por voz (para o ar condicionado também), direção com 3 regulagens de firmeza, bancos de couro e por aí vai. Peguemos como base o, por enquanto, modelo de entrada da linha, o GLX. No caso do sedan, por cerca de R$ 54.000,00, sua garagem é brindada com rodas de liga-leve de 16", o mesmo sistema de som do Ghia, computador de bordo e um acabamento primoroso. Vá a uma concessionária chevrolet e veja (pelo preço de tabela) o "Vectra" que vão te oferecer por este preço.

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Autor: Rodrigo Costa

Do ponto A ao ponto B, pensando na vida, no volante e tudo mais.

1 comentários:

  1. Eu compraria! Sem pensar duas vezes! Se eu já gosto do modelo antigo, imagine só o tanto que eu não ia me divertir com o novo!!!

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